Àquela época eu tinha uma forma de pensar um pouco diferente. Desempregado, drogado, beberrão, vagabundo comunista anarquista anti-USA radical.
Uns quinze dias antes, no final de agosto de 2001 eu e mais três amigos fechamos um bar e ficamos das seis da tarde às seis da manhã do dia seguinte, aprontando de tudo e discutindo seriamente os destinos do mundo, e ás vezes da galáxia, tamanha nossa viagem.
"Esse Bush tá fazendo merda !", dizia eu. "Tá pisando em muita gente, indo contra todo o planeta, subestimando os potenciais inimigos. Vai ficar perigoso pra ele pois esses caras do Oriente Médio não são brincadeira, não tão nem aí pra hora do Brasil nem de qualquer lugar. O Bush é um filho da puta!"
11 de setembro de 2001. Lá estava eu deitado, assistindo desenho animado, quando de repente entra o Carlos Nascimento anunciando um grave "acidente" no WTC. Achei estranho e continuei a ver aquilo. Quando levantou-se a suspeita de atentado terrorista, sorri por dentro e disse "bem feito". Eu estava ali na frente da TV quando o segundo avião bateu. pulei de alegria. "Bem feito ! Bem feito!"
Lamento muito a morte dos civis inocentes, mas na época festejei. Era tudo americano mesmo, tinha todo mundo que se fuder, os americanos e os imbecis que iam pra lá.
Hoje penso diferente, mas não consigo esconder que aquele dia foi na minha vida o dia que a televisão foi mais interessante.
Depois veio tudo aquilo, ataque ao Afeganistão, ao Iraque...
A única coisa que não mudou é que continuo achando o Bush um filho da puta.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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